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Sinopse
Seu último romance em que volta a suas questões íntimas. O tema de Nêmesis é a epidemia de pólio que assolou os Estados Unidos durante o verão de 1941 e como afetou a comunidade judaica de Newark, a cidade natal do autor, cenário de sua infância. Roth retoma um velho tema, o da peste, tratado anteriormente por Daniel Defoe e Albert Camus. O pano de fundo, neste caso, é a II Guerra Mundial, com suas atrocidades. Na última obra, “Roth nos arrasta para o melhor de que é capaz, o teatro de sua imaginação, alcançando um virtuosismo de que só são capazes os mestres do invisível”, argumenta Eduardo Lago. Ao comentar o romance, o sul-africano J. M. Coetzee, ganhador do prêmio Nobel de Literatura, atenta para uma cena misteriosa em que se explica como cavar um túmulo. Trata-se de uma lição, observa Coetzee, tanto de vida como de morte. Escrever é enfrentar a morte e aprender a tiver. Tudo ao mesmo tempo.
Título original: Nemesis
Capa e Projeto gráfico: TAG (Bruno Miguell Mesquita, Paula Hentges)
Tradução: Jorio Dauster
Sobre o autor
Em 1997, Philip Roth ganhou o prêmio Pulitzer por Pastoral americana. Em 1998, recebeu a National Medal of Arts na Casa Branca e, em 2002, conquistou a mais alta distinção da American Academy of Arts and Letters, a Gold Medal in Fiction, dada antes a John Dos Passos, William Faulkner, Saul Bellow, entre outros. Recebeu duas vezes o National Book Award e o National Book Critics Circle Award, e três vezes o prêmio PEN/Faulkner. Por Complô contra a América, foi premiado pela Society of American Historians em 2005, pelo “notável romance histórico sobre um tema americano em 2003-4”, considerado também o melhor livro do ano pelo W. H. Smith Award, sendo o único autor em 46 anos de existência do prêmio a ganhá-lo duas vezes. No mesmo ano, Roth se tornou o terceiro escritor norte-americano vivo a ter sua obra publicada em uma completa e definitiva edição da Library of America. Em 2011, recebeu a National Humanities Medal na Casa Branca e, mais tarde, foi nomeado o quarto vencedor do Man Booker International Prize. Em 2012, obteve a maior distinção espanhola, o prêmio Príncipe de Asturias, e, em 2013, a maior honra francesa, o título de comendador da Légion d’honneur. Faleceu em 2018.
Sobre a Curadora
Historiadora, antropóloga e professora universitária, a curadora Lilia Schwarcz é autora de livros importantes como Brasil: Uma biografia e o mais recente A bailarina da morte: A gripe espanhola no Brasil.