Trópico da violência

Em Mayotte, ilha francesa no Oceano Índico, Moïse é um garoto com dois olhos de cores diferentes — marcado por ser um “filho do djinn”. Abandonado pelas dificuldades da migração, é adotado por Marie, uma enfermeira que o cria como se fosse seu filho, até que, na adolescência, ele se afasta, e ela morre repentinamente. Sem amparo, Moïse mergulha no mundo violento de um subúrbio conhecido como “Gaza”, onde cai sob a influência de Bruce, líder de gangue. A narrativa se desenrola de forma coral — contada por Marie, Moïse, Bruce, um policial e um educador — retratando abandono, identidade e violência juvenil em um contexto social marginalizado Créditos: Projeto gráfico: Violaine Cadinot Tradução: Lorena Figueiredo

Francesa nascida nas Ilhas Maurício, Natacha Appanah é jornalista e publicou em 2003 o romance Les rochers de poudre, dando início a uma consistente carreira literária. Com a publicação de Trópico da Violência, que esteve entre os indicados ao prêmio Goncourt e foi vencedor do prêmio Femina des Lycéens de 2016, Appanah passa a figurar entre os maiores nomes da literatura francesa contemporânea

Nascida em Paris, em 1972, Karine Tuil tem uma produção atenta aos dilemas da vida contemporânea. É formada em Direito e Comunicação, áreas que perpassam boa parte de suas narrativas, que abordam ainda as relações íntimas e a identidade judaica. Influenciada por autores como Philip Roth, iniciou a sua carreira no final dos anos 1990 ao participar de um concurso de manuscritos. Seu texto foi notado pelo jornal Le Figaro e, desde então, ela já publicou mais de uma dezena de livros, consolidando seu nome no cenário literário francês.